quinta-feira, 17 de outubro de 2013

How much sugar can I find in my food?

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O açúcar contido nos alimentos é certamente uma substância indispensável para que o nosso corpo desempenhe as suas funcões normais, afinal, ele é fonte de energia pura. Contudo, é sabido que em determinados alimentos, a quantidade de açúcar é demasiadamente alta e isso pode acabar comprometendo a saúde de quem os consome.

Confira:

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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Primeiro Destartarizador a Ultra-Sons

Em 1957, a DENTSPLY foi pioneira com o Destartarizador a Ultra-Sons. A unidade operava em 25K , foi ajustado e operado com três tubos de vácuo eletrónico manualmente. A capacidade do ultra-som, a utilização de água para arrefecer a ponta e proporcionar lavagem combinada com a energia de ultra-sons para quebrar e remover depósitos duros e moles da placa e cálculo. Neste momento, o ultra-sons foi reservado apenas para a remoção de cálculo supragengival pesado. Isto foi devido a preocupações de potencial de danos à superfície radicular e do foco da terapia periodontal em raspagem e alisamento radicular para alcançar superfícies radiculares livres de cálculo. Muita coisa mudou desde 1957. Hoje a instrumentação ultra-sônica é um método básico bem estabelecido e com provas na remoção de depósitos. Instrumentação ultra-sônica aumenta muito a capacidade dos prestadores de cuidados dentários para maximizar os resultados da terapia do paciente . Há mais de 50 anos, os sistemas Cavitron ® têm sido um pilar no consultório dentário. Desde então, a DENTSPLY Professional continuou a fazer melhorias com base na mais atual pesquisa e as necessidades de profissionais e pacientes .

domingo, 6 de outubro de 2013

Curetas GRACEY

Curetas GRACEY
Dr. Clayton Gracey e parceria com o fundador do Hu -Friedy , Hugo Friedman, desenvolveram as curetas Gracey originais.
No final de 1940 , um dentista inovador da Universidade de Michigan teve uma visão. Clayton Gracey queria " dar" a cada dentista a possibilidade de tratar até mesmo as mais profundas e menos acessíveis bolsas periodontais de forma simples e sem trauma.

Dr. Gracey trouxe a idéia para Hugo Friedman , fundador da Hu -Friedy , que apoiou o seu conceito. Juntos, eles desenvolveram uma série de 14 instrumentos de uma só extremidade, específicos para a remoção bem sucedida de depósitos de superfícies radiculares .

Desenhos originais do Dr. Gracey lançaram as bases para os novos instrumentos de hoje. Atualmente, as curetas Gracey estão disponíveis como instrumentos de 2 extremidades com múltiplas escolhas do punho.

Hu -Friedy atualmente fabrica uma variedade de estilos e padrões , como após cinco curetas ® com uma haste de mais terminais e lâmina diluído, Mini Cinco ® com curetas Após cinco características e uma lâmina mais curta, e os 15 /16 e 17/18 padrões .

sábado, 5 de outubro de 2013

Mononucleose Infecciosa

A mononucleose infecciosa (MNI) é uma síndrome caracterizada por faringite associada a sintomas gripais, causada pela infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e cuja transmissão provavelmente se dá por via oral-oral (por isso a doença é conhecida pelo nome de “doença do beijo”). O EBV é amplamente disseminado na população, e aparentemente os humanos são os únicos reservatórios. Estudos de rastreamento populacional mostraram soroprevalência de anticorpos anti-EBV em cerca de 90-95% dos adultos; em crianças, a soroprevalência pode chegar a 100% em países em desenvolvimento.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

NiteBite

Este novo produto veio parar às minhas mãos no inicio deste mês e tem tido bons desempenhos.

NiteBite é desenhado para se adaptar a quase todos os pacientes para evitar o bruxismo, apertamentos ou desconfortos da ATM . Ele pode se encaixar em apenas cinco minutos. Não é preciso tirar moldes nem segunda visita do paciente. Assim, o tratamento dos pacientes com a Nitebite é rápido, fácil e de baixo custo.
Usando a fisiologia natural da mandíbula , este pequeno dispositivo confortável relaxa e liberta os músculos da mandíbula . O retorno da mandíbula à sua posição relaxada natural, a posição de repouso fisiológico , sem a tensão ou stress, de dor e sono agitado .

NiteBite é inferior a 2 mm de espessura . Não há contatos excêntricos ou quaisquer contatos prematuros com os dentes posteriores . Há liberdade para alcançar a relação cêntrica .

http://www.keystoneind.com/pt/nitebite_introduction/nitebite_introduction.html

sábado, 14 de setembro de 2013

Situations only a hygienist will understand

Caros Leitores, resolvi partilhar este post do blog Onlyahygienistwill understand.wordpress.com , é HILARIANTE e fala sobre situações verídicas, aproveitem
Finding out the cost of indemnity and registration for this year..
When a patient doesn’t brush or floss, but they ‘Use corsodyl at least twice a day’…
‘I cant floss because it makes my gums bleed’…
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When a grade 3 mobile tooth pops out during a scale and polish..
When you get 1 mm of reattachment in a perio patient..
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When a patient demonstrates their brushing technique and they are vigorously scrubbing backwards and forwards…
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When a patient tells you they are flossing daily and then opens their mouth to reveal wall to wall calculus …
When you hear the nurse who was reallocated to the dentist earlier, is on her way back to come and work with you…
When you look in the draw and nothing has been restocked from the previous day..
 
When you find that all the scalers have been sharpened…
When its the last appointment of the day and its looking like the patient isn’t going to turn up, so you start to close down the surgery and then…
When you find a chunk of tuna interdentally of the LR6/7 …
When you see a patient out in public…
When you cant work out how to turn the water pressure down on the ultrasonic…
When a great song is playing on the surgery’s radio…
Going home realising that with all its ups and downs its a pretty awesome job!..

domingo, 8 de setembro de 2013

Significado do papel do Higienista Oral

Quando se reconheceu que a saúde oral pode ser promovida através de um cuidado profilático profissional regular, surgiu o profissional de Higiene Oral. Gestos como a motivação do paciente, a educação para o controlo de placa bacteriana, os cuidados profiláticos profissionais e a realização de terapia periodontal não-cirúrgica, são raramente praticadas pelos Médicos Dentistas. Devido a tal facto nos Estados Unidos da América (E.U.A.) foi recomendada a divisão de tarefas na área de saúde oral, estabelecendo-se assim a profissão de Higienista Oral, com os primeiros esboços desta profissão a datar de 1843 nos E.U.A. e sendo actualmente praticada em perto de 30 países de todo o mundo (Luciak-Donsberger C., 2003). Existe um consenso científico em relação à ideia de que as medidas preventivas, os cuidados profiláticos profissionais ou a manutenção da higiene oral devem ser realizados por toda a população numa base regular desde a infância (Axelsson P., Paulander J., Svärdström G., Tollskog G. & Nordenstern S., 1994 e Schneider H.S., 1993). Baseada nesta ideia a Europa implementou o profissional de Higiene Oral, tendo a Noruega sido o primeiro país europeu a implementar esta profissão em 1924, seguindo-lhe o exemplo outros países europeus (Luciak-Donsberger C., 2003), e estando actualmente em vias de ser implementada em países como a Áustria, Alemanha, Bélgica, França e Grécia.
Actualmente constata-se que os cuidados de higiene oral têm um papel central na distribuição de cuidados preventivos a pacientes ditos saudáveis a nível oral e na distribuição de cuidados terapêuticos a pacientes com periodontite (Müller T., 1997). Constata-se, também que países que não possuem Higienistas Orais como, por exemplo, Áustria, Bélgica, França, Alemanha e Grécia, têm piores condições orais (Luciak-Donsberger C., 1999 e 2003). Num estudo internacional da “World Health Statistics Annual” realizado a nível mundial, o número de cáries, dentes perdidos e obturados era menor em países onde os Higienistas Orais estavam implementados (World Health Statistics Annual, 1995). Estes baixos números podem ser atribuídos pela implementação de cuidados de um profissional de Higiene Oral, como, por exemplo: bochechos de flúor, aplicação de selantes de fissura e educação para a saúde oral. Um estudo de comparação de 1996 da Medical Expenditure Panel Survey (MEPS) e de 1997 do National Medical Expenditure Survey (NMES) conduzidos pela Agency of Healthcare Reserch nos E.U.A. demonstrou um crescimento significativo no diagnóstico e nos serviços preventivos aliados a uma menor necessidade de tratamentos endodônticos e periodônticos (Manski R.J. & Moeller J.F., 2002). Nos E.U.A. verifica-se que é mais provável que os cidadãos Americanos se dirijam a um consultório dentário para que os seus dentes sejam examinados e para receberem cuidados profiláticos profissionais, do que para restaurarem ou extraírem os seus dentes. Em 1996 nos E.U.A verificou-se que 65% de todos os procedimentos dentários relatados eram ou procedimentos de diagnóstico ou procedimentos de prevenção, sendo visível um aumento quando comparado com o ano de 1987 em que a percentagem dos mesmos procedimentos era de 56% (Manski R.J. & Moeller J.F., 2002). Estes resultados permitem inferir que os cuidados praticados pelos Higienistas Orais estão a tornar-se significativamente e progressivamente num maior investimento em saúde do que os tratamentos da doença oral.
Nos dias de hoje constata-se que a educação e a cultura dos povos, bem como a legislação de cada país, têm implicações directas em termos de cuidados de saúde de qualidade e consequentemente resultados de saúde (Johnson P.M., 2001). Nos países onde a profissão de Higienista Oral foi implementada com sucesso, existem evidências de que os problemas orais foram reduzidos significativamente, através de uma série de iniciativas de saúde oral. Os Higienistas Orais são assim identificados como um factor chave na melhoria do acesso a melhores serviços de saúde oral (Johnson P.M., 2001).
Países onde a profissão de Higienista Oral ainda não foi implementada demonstram uma desregulação ou não-regulação que potencia uma maior oportunidade para a prestação de cuidados negligentes (Nathe C., 2001). Logo, uma regulação ocupacional por parte do serviço público de saúde garantirá, certamente, uma melhor qualidade e segurança de serviços de saúde oral (Johnson P.M., 2001).
Na Europa existem evidências de que na ausência de um estatuto legal que regulamente a prática do Higienista Oral, os serviços básicos de higiene oral ou são delegados ao staff treinado no próprio local de trabalho pelos médicos dentistas ou não são realizados de todo (Luciak-Donsberger C., 2003). Este acto leva a um desrespeito pelos direitos dos utentes a cuidados seguros e a tratamentos eficazes. Utentes esses que acabam por não perceber realmente qual é o papel do profissional de Higiene Oral, confundindo-o com o papel do Assistente Dentário.
Os Médicos Dentistas, que em vários casos interferiram na implementação do Higienista Oral, principalmente na Europa, na maioria das vezes não realizam tratamentos de higiene oral, nem os recomendam à população. Esta prática leva à não realização do tratamento das necessidades da população e consequentemente leva também à perda de dentes naturais precocemente. Em países em que a profissão de Higienista Oral está implementada e, como tal onde se realizam os tratamentos de higiene oral a população mantém os seus dentes naturais por muito mais tempo e opta, maioritariamente, por tratamentos orais de qualidade (Luciak-Donsberger C., 2003).
De modo a combater uma série de efeitos negativos na saúde e na política de emprego, os prestadores de cuidados de saúde oral serão aconselhados a colocar em primeiro lugar a saúde oral e consequentemente a qualidade de vida dos seus pacientes, e juntarem-se a medidas que permitam unificar a educação da Higiene Oral na União Europeia, tal como foi feito em muitas outras profissões de saúde. De acordo com as leis e direitos promulgados pela União Europeia, já estão a ser feitos esforços no sentido de promover a livre mobilidade a nível laboral e académico. Assim, de modo a permitir esta “livre circulação”, todos os países Europeus devem implementar o reconhecimento estatal da educação para os Higienistas Orais. A implementação do profissional de Higiene Oral pela Europa irá melhorar o acesso a cuidados de saúde oral qualificados, e melhorará o acesso ao mercado de trabalho, destacando-se esta profissão como uma profissão qualificada (Luciak-Donsberger C., 2003).
 Apenas através da implementação destas medidas será obtida a acreditação internacional da profissão, que se constituí como uma condição fundamental para participar na movimentação laboral e nas interacções académicas dentro da União Europeia (Johnson P.M., 2001). Estas medidas têm assim como objectivo aumentar o conhecimento do público acerca de medidas preventivas em Higiene Oral e para os benefícios subjacentes ao facto de manterem os seus dentes naturais, que levará a uma melhoria da saúde em geral e a uma melhor qualidade de vida da população Europeia (Luciak-Donsberger C., 2003).

Todos os estudos que têm como tema a profissão do Higienista Oral centram-se na importância da profissão para uma boa higiene oral e na aceitação dos Higienistas Orais pelos outros profissionais de saúde oral, não se encontrando um único estudo que esclareça se a população sabe o que é um Higienista Oral e se percebe a importância do mesmo para uma melhor qualidade de vida.
Celso Da Costa

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

CleanJoy - Pasta para Profilaxia

A CleanJoy é uma nova marca no mercado e começa a conquistar adeptos, dos quais eu já faço parte. O pack da CleanJoy vem com 3 tubos com diferentes gãos (fino, médio e grosso)

  • Pasta Vermelha RDA=195 - Para Placa Bacteriana e Colorações mais persistentes
  • Pasta Amarela RDA=127 - Para Placa Bacteriana Ligeira
  • Pasta Verde RDA=16 - Pode ser utilizada para implantes dentários. E utilizada para o polimento final, isto é, depois de uma das outras pastas.







Vantagens:
  • Consistência Homogénea
  • Não "salta" entre 2.000 e 3.000 t/min.
  • Disponível em 3 tipos de grão, logo boa adaptação à situação
  • Código de cores
  • Contém fluoretos (700ppm)
  • Contém Xilitol (efeito bacterioestático)
  • A pasta verde pode ser utilizada em implantes dentários

sábado, 24 de agosto de 2013

Dentista Canadiano tenta clonar John Lennon usando o DNA do dente do falecido Beatle



O Dentista Canadiano Michael Zuk está a atrair a curiosidade pelos seus esforços para clonar para John Lennon, através do ADN contido num dente pertencente ao ex Beatle.

O molar, que o Dr. Zuk comprou por mais de US $ 30.000 em 2011, está actualmente num laboratório dos EUA, onde os cientistas estão pensando em maneiras de extrair o código genético do astro do rock. A CNN informa que Lennon deu o dente à sua governanta Dorothy "Dot" Jarrett, entre 1964 e 1968, de acordo com seu filho Barry. Ele contou que a sua mãe, que tem agora 90 anos, quis vender o dente e assim não arriscar que este se perdesse na história.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Por Mário Rui Araújo - 19ª Simpósio da Federação Internacional de Higienistas Orais


Apetece escrever: Querido diário, mas talvez não ficasse bem...

Obrigado ao Celso Da Costa pelo convite de escrever para o seu blog e parabéns pela iniciativa. É assim que se divulga a profissão, com iniciativas, com projetos visíveis que vão para além das 4 paredes do consultório ou da instituição. A ler mais à frente as palavras da Dagmar...

Assim, fica aqui alguns apontamentos do que se viu durante os 4 dias no 19º Simpósio da IFDH em Cape Town, África do Sul.

Para quem vem à procura de grandes novidades, este não é talvez o sitio onde elas sejam mais evidentes, mas há sempre imensa coisa a descobrir e esse é o fascínio destas reuniões internacionais. 
A próxima será bem perto, mas já lá iremos.

No primeiro dia, entre o registo e a cerimónia de abertura, uma pequena visita à exposição. É sempre fascinante a entrada, as cores, a excitação das novidades e quem sabe, de alguma boa pechincha.
Foi talvez a exposição mais pequena de todos os Simpósios que visitei, mas cheia de gente simpática e passatempos divertidos. Para começar, pimba, acabo de ganhar uma Philips Sonicare FlexCare. Estas escovas da Philips são muito interessantes, mas em Portugal ou têm um preço proibitivo ou, simplesmente, não existem.
Das grandes marcas presentes, 0 novidades. A única exceção foi a Listerine que lançou o seu elixir para a hipersensibilidade dentária: Listerine Advanced Defense Sensitive com a particularidade de ter um produto ativo diferente (Tecnologia de Cristais de Oxalato de Potássio) cuja a ação provoca a formação de cristais que vão tamponar os túbulos dentinários. O oxalato de potássio não é de todo “novo” na hipersensibilidade (a Buttler já o usou), mas com esta formulação e tecnologia parece, segundo alguns colegas investigadores, ser eficaz na redução da hipersensibilidade dentinária. Segundo a página da Listerine em Portugal, este já está disponível no nosso país. Entretanto, na página da Listerina no UK, há informações, vídeos e um documento interessante sobre a hipersensibilidade para download: http://www.dentistry.co.uk/listerine
De visita à “Sunstar GUM” não se viu grandes novidades, estavam lá os “soft-picks” e, este sim uma novidade, pelo menos para mim, os novos escovilhões de viagem da GUM . Totalmente flexíveis e com novo design.
A Colgate sem novidades, focada no novo Optic White e no Pro- Relief para a sensibilidade.
A Oral-B também bem representada, com um enorme stand mas sem novidades de maior. Reforço na apresentação da nova cabeça Tri-Zone e da pasta Pro Expert.
Interessante foi ver as estratégias de cada stand. Há marcas que ainda não perceberam que ter lá os produtos para mostrar, stands muito bonitos e grandes não é de todo apelativo. Stands, mesmo que mais pequenos como o da Pepsodente (Unilever) (sim ainda existe) ou o da Sonicare, tinham dinâmicas giríssimas e que de certeza vão ter maior impacto nos consumidores do que os grandes stands, de gente cinzenta e quieta... Estranhas estas estratégias de Marketing!

No resto da exposição havia coisas engraçadas, vejam as fotos dos rolos de algodão cor de rosa, achei o máximo e tenho a certeza que algumas das minhas pacientes mais novas iriam adorar. Bem como as cúpulas e escovas de polimento às cores... divertido.
 

E assim é, nada de grandes novidades, exposição pequena, simpática e qb para um congresso com 600 inscrições (menos do que se esperava).
De volta à sala de conferências, a cerimónia de abertura, divertida, simples e interativa, enfim como deve de ser. Com as suas precursões, os Drum Cafe foram fantásticos.

Dia 2, 3 e 4
Muitas conferências, horários sobrepostos, a dificuldade da escolha. Mas é sempre assim, ficamos com a sensação que precisávamos de repetir o processo e fazer agora outras escolhas, pois houve tanta coisa interessante que não se ouviu e discutiu. Fica aqui num resumo o que assisti:
Professor Robin Seymour veio falar da relação saúde, oral saúde geral. Sem novidades, apenas com a ultima e interessante relação entre o Alzheimer e a doença periodontal. Apresentou alguns estudos interessantes, segundo Bahecar e col. Pessoas com menos de 10 dentes tem 1.24 vezes mais hipóteses de desenvolver problemas cardíacos.

A conferência de Elna van der Ham foi muito interessante. Ela mostrou-nos que a cultura de um povo é algo tão profundo que é difícil de padronizar. Por exemplo, na África do Sul, onde existem diversas tipos de culturas, existem algumas cujo a não existência dos dentes anteriores é um sinal de beleza e funcionalidade sexual (deixo o resto à vossa imaginação). Muitas vezes, é por decisão própria que se retiram estes dentes, como forma de serem aceites e admirados entre os seus. Existem grupos de trabalho que tentam alterar estas crenças, contribuindo para a melhoria da saúde oral destas comunidades. O trabalho é multidisciplinar, envolvendo higienistas, psicólogos, sociólogos e sexólogos.

O Professor Svante Twetman falou sobre probióticos. Sem grandes novidades, ficou-nos a ideia, que andamos limpos demais. Brincamos pouco na terra, somos obcecados pelas lavagens e pela higiene. Nem tanto ao mar nem tanto á terra. Vários exemplos: a amamentação e os partos vaginais são fontes importantíssimas para criar nosso organismo uma biblioteca de anticorpos fundamental para as defesas  do dia a dia. A diferença é grande quando se comparam os dois tipos de partos. Interessante a informação sobre o tipo de biofilme oral cuja a sua composição é única e varia consoante a sua localização: sub-gengival, Interproximal e áreas com muito acesso á saliva. A ideia dos probióticos baseia-se no novo paradigma de que em vez de atacar os microrganismos patogénicos deve-se fortalecer o hospedeiro de forma que este seja ele capaz de controlar as agressões. Fica a ideia que não existem ainda “os probióticos” mas que estes, de uma forma interdisciplinar podem também ser uma parte da solução, juntamente com o flúor, clorohexidina, higiene oral, xilitol, selantes, estimulação da saliva, dietas equilibradas e um bom desenho terapêutico baseado nas necessidades individuais.

A professora Salme Levigne falou sobre a necessidade de olharmos para a saúde oral dos mais idosos e do facto de haver cada vez mais dentes e pessoas para além dos 70. Este é um campo em franca evolução e vale a pena seguir o trabalho desta professora. Existe neste nicho da população  uma taxa elevada de pessoas com doença periodontal e com alguns problemas de saúde associados (demência e problemas cardíacos) a qualidade de vida pode estar afetada. Outro fator importante a referir é a forma, quase negligente, com que os lares ou casas de repouso olham para a saúde oral, não apenas em Portugal, mas na maioria dos países.
Dagmar Slot apresentou mais uma vez com grande qualidade. Esta investigadora holandesa é uma das higienistas orais com mais publicações e tem trabalhado muito para que os higienistas orais publiquem cada vez mais. Não publicar é não existir, segundo as palavras de Slot.

Na sua apresentação Floss or Lie ficou demonstrado que a estratégia de ensino do fio dentário diário não é eficaz, não funciona e não é suportado por evidência científica. Ou seja, quando nos chateiam para estar sempre a ensinar a usar fio dentário, ou  quando chateamos os pacientes até ao “tutano” com a história do fio dentário, estamos a chover no molhado.
Para crianças com alto risco à cárie e baixa utilização de fluoretos, a utilização profissional do fio (na consulta e aplicada pelo profissional) é, nestes pacientes, a única forma do fio ser eficaz na redução do risco à cárie dentária (Hujoet e col, 2006). A auto-utilização do fio dentário não mostrou resultados.
Segundo a organização Cochrane, numa revisão sistemática publicada em 2013 existe alguma evidência que o fio, juntamente com a escovagem reduz os níveis de gengivite, quando comparado com a utilização apenas da escovagem. Existe uma fraca evidencia que o fio em conjunto com a escovagem reduz a placa bacteriana e nenhum estudo demostrou que o fio em conjunto com a escovagem é eficaz na prevenção da cárie dentária.
Espanto na sala, burburinho.... Não se utiliza mais o fio????
Slot refere que a grande questão é que a técnica necessária para que o fio seja eficaz é muito difícil de efetuar e, para a grande maioria das pessoas que usam fio, este não é eficaz. Basta ver pelos nossos pacientes. Se houvesse um pódio para os meios mais eficazes de controlar o biofilme Interproximal teríamos, em primeiro lugar o escovilhão, em segundo o palito e só depois o fio. A grande questão é o que é que queremos para a nossa intervenção clinica. Se formos daqueles que entrámos na rotina, nada interessa, fala-se do fio e depois culpa-se o paciente dizendo que ele é isto e aquilo. Todos nós fazemos fio diariamente? De forma 100% eficaz? Provavelmente não...
A estratégia passa sempre por uma avaliação cuidada do paciente, quer das suas condições clinicas, crenças, disponibilidades e capacidades financeiras. O que a evidência nos diz é que o fio dentário não deve ser a escolha de eleição e não deve ser “vendido” como o principal meio de limpeza Interproximal...existem outras e mais eficazes...
Na apresentação dos prémios da Sunstar, Dagmar Slot, apresentou a sua investigação vencedora do prémio de investigação sobre geles de clorohexidina versus elixires. A utilização do gel (com o dedo) como tantas vezes é indicado, não é eficaz. Elixir ou com aplicação do gel com escova de dentes.

A apresentação sobre o papel que os:  “Low Temperature Atmospheric Pressure Plasma (LTAPP)” estão a ter e vão ter no futuro parece muito interessante. Esta tecnologia promissora parece estar a demonstrar resultados muito interessantes na área da medicina, nomeadamente na medicina dentária. Sendo possível utilizá-la desde a desinfeção e materiais  ao tratamento de doenças periodontais, cáries e carcinomas. A seguir... 
Entre visitas a outras salas, descobrem-se conferências sobre intervenções comunitárias. Fantásticas, eficazes e divertidas...Mas fica aquela sensação que em Portugal fazemos igual, mais e muitas vezes melhor...só que ninguém sabe de nada... porque publicamos pouco e apresentamos pouco fora de portas...
Outro realce importante e nisso o nosso SOBE foi um exemplo fantástico, muitos programas de intervenção não passam pela escovagem pura e dura. Na realidade, o escovar é um resultado que se espera das famílias. As estratégias apresentadas passaram muito por intervenções em  organizações, com o objectivo de se criarem programas interdisciplinares e que se misturem com as diferentes estratégias no terreno: programas de rádio, danças, saúde sexual e saúde oral, idosos, mobilidades e saúde oral, teatros, enfim, uma mistura de intervenções onde a globalidade da saúde oral está presente e desta forma atuando sobre a cultura dos indivíduos e famílias de uma forma diária, mesmo em pequenas doses, tal como o flúor...  A participação do tema saúde oral nas comemorações dos 800 anos da língua Portuguesa, esse bateu-os a todos...

E assim passou o tempo, passaram as horas e ficaram saberes que se partilham. Fica o desafio, daqui a 3 anos mais World Dental Hygienists Awards e mais um IFDH Symposium, desta vez aqui bem perto, na Suíça, Basileia...vamos encher  a cidade de sorrisos Portugueses e de saberes lusitanos... Basileia 2016 é já ali, preparem-se!
Como frase final, fica o desafio de João Garcia, o nosso alpinista: Não deixes de explorar, de fazer coisas novas.../Never Stop Exploring!
Até sempre

Mário Rui Araújo
MRA